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Ficar na zona de conforto também pode ser uma prática comum entre os investidores. Assim, cabe ao profissional do mercado financeiro ajudá-los a tomar as melhores decisões e fazer as mudanças necessárias na estratégia. Para tanto, é importante saber o que é o viés de status quo.
O que é o viés de status quo?
Status quo é uma expressão em latim que significa “estado atual”. Portanto, corresponde à configuração presente de uma situação e indica a manutenção das condições observadas.
Em termos comportamentais, o viés de status quo está relacionado ao interesse que uma pessoa demonstra em manter a situação na qual ela se encontra; ou seja, é um comportamento que envolve evitar ou impedir que ocorram mudanças no cenário.
Nesse sentido, podemos esperar duas reações principais de uma pessoa: a primeira é evitar tomar decisões que gerem qualquer tipo de mudança. Já a segunda, envolve tomar decisões que deliberadamente ajudem a manter o contexto atual.
Essa prática pode estar alinhada a outros vieses comportamentais. Quem sente maior aversão à perda, por exemplo, pode rejeitar realizar mudanças, com medo de sofrer um revés. Da mesma maneira, quem foge do arrependimento tende a preferir manter as coisas como estão.
Como ele se manifesta nos investimentos?
De modo geral, dizemos que um investidor tem o viés de status quo quando ele evita alterar sua estratégia ou sua carteira de investimentos.
Para entender melhor, imagine um investidor que tem o hábito de aplicar na renda fixa. Diante do viés de status quo, ele tende a permanecer nessa classe, ainda que tenha capacidade ou tolerância ao risco compatível com a renda variável.
Logo, a decisão de permanecer na renda fixa não é racional e, sim, conduzida por um viés comportamental. Como consequência, o investidor deixa de aproveitar oportunidades que poderiam ajudá-lo a alcançar seus objetivos financeiros com mais facilidade.
Outro exemplo é o investidor que opta por manter seus investimentos nas ações de determinado setor ou de uma mesma empresa. Isso pode implicar o desperdício de alternativas mais atraentes e com maior potencial de ganhos. E, ainda, há o risco de perder dinheiro com o investimento. É o caso da empresa que passa a apresentar fundamentos pouco atraentes – como um negócio que fica altamente endividado e que já não é capaz de gerar os mesmos resultados, por exemplo.
Afinal, quando vale a pena alterar a carteira de investimentos?
Um dos motivadores para alterar a carteira de investimentos é a chance de obter resultados melhores no médio e no longo prazo. Se a performance for maior que os custos ou mesmo que possíveis perdas associadas ao processo, a mudança pode fazer sentido.
Além disso, é necessário realizar alterações quando o investidor passa a ter tolerância ao risco ou objetivos diferentes. Afinal, é importante que a carteira contemple as características de quem aloca os recursos.
Qual é a importância de conhecer esse viés?
Ao compreender o comportamento em questão, o Advisor poderá auxiliar seus clientes a reconhecer essa prática e os impactos nas decisões. Ou seja, quando um investidor se mostrar relutante em explorar outras alternativas, ficará mais fácil identificar se a causa está associada a esse viés.
Ao apresentar dados e informações relevantes sobre os investimentos e os impactos que eles podem causar ao investidor, o cliente poderá se sentir mais preparado para tomar decisões que modifiquem o portfólio de investimentos.
Se você quiser continuar entendendo como identificar esse e outros padrões de comportamento, continue acompanhando os insights exclusivos do BTG Pactual Advisors!
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