4 Livros sobre neurociência que todo profissional de investimentos deveria ler

O que é neurociência?

A neurociência é uma área do conhecimento que estuda como as emoções influenciam as decisões. Para isso, os neurocientistas se dedicam a entender o funcionamento do cérebro e o comportamento humano diante de diversas situações.

Com o uso de recursos diversos, como ressonância magnética, os estudiosos conseguem entender quais áreas do cérebro são ativadas diante de determinado estímulo. Dessa forma, eles podem concluir quais emoções e percepções têm maior peso na tomada de decisão, por exemplo.

Esses estudos também podem ser direcionados para as áreas de economia e finanças. Isso permite saber como determinadas emoções influenciam os investidores em diferentes contextos, como ao escolher um investimento.

Um profissional que atua no setor de investimentos precisa compreender o comportamento humano em relação ao dinheiro. Esse conhecimento ajuda a avaliar as influências que os investidores sofrem antes de tomar decisões financeiras.

Vale destacar, conforme analisamos nesta coluna, que a forma como cada pessoa interpreta os acontecimentos cotidianos é chamada de viés e pode ser uma armadilha. O processo pode levar a escolhas equivocadas que parecem racionais quando, na verdade, são embasadas na emoção.

Acredito que seja papel do profissional ter conhecimento neurocientífico para ajudar o investidor a fugir dos gatilhos mentais nocivos ao seu portfólio de investimentos e patrimônio.

4 Livros sobre neurociência para estudar o assunto

Você descobriu por que é importante estudar sobre neurociência para oferecer um serviço alinhado às necessidades atuais do mercado financeiro. Agora é hora de conferir 4 livros que ajudam a saber mais sobre o tema.

1. Rápido e devagar: duas formas de pensar

Esse livro foi escrito por Daniel Kahneman, um dos grandes pesquisadores da neuroeconomia. Junto com Amos Tversky, ele buscou explicar o comportamento humano no âmbito das finanças. Em 2002, Kahneman ganhou o Prêmio Nobel de Economia.

Rápido e devagar: duas formas de pensar é um livro que aborda diferentes formas de pensar. Uma é rápida, intuitiva e emocional, enquanto a outra é mais lenta, deliberativa e lógica.

Ao entender como elas moldam os julgamentos humanos, é possível compreender comportamentos como:

• aversão à perda;
• excesso de confiança no momento de tomar decisões estratégicas;
• problemas para identificar corretamente os riscos.

2. Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos

Nessa obra, publicada em 2012, Nassim Taleb traz um conceito relacionado aos produtos considerados frágeis. Contudo, o antifrágil é aquilo que, quanto mais manuseado, mais se torna forte.

No livro, Taleb defende que, diante de contextos caóticos ou problemáticos, as pessoas precisam estar preparadas para enfrentar quaisquer desafios. Nesses momentos, quem é antifrágil consegue sair ainda mais forte.

3. Misbehaving: a construção da economia comportamental

Escrito por Richard H. Thaler, o livro Misbehaving: a construção da economia comportamental aborda exemplos sobre questões diversas. Por exemplo, o que leva as pessoas a fazer altos aportes no mercado financeiro e o que as influencia no momento de escolha do jantar.

Assim, o autor apresenta de forma leve e bem-humorada os principais conceitos da economia comportamental. O livro, portanto, ajuda o leitor a tomar decisões mais inteligentes tanto no segmento pessoal quanto financeiro — e pode ser útil para profissionais do mercado financeiro que desejam entender melhor o comportamento de seus clientes.

4. Nudge: como tomar melhores decisões sobre saúde, dinheiro e felicidade

Nudge é um livro escrito por Cass R. Sunstein e Richard H. Thaler — ganhador do Prêmio Nobel de Economia. A obra mostra que as pessoas tomam decisões diariamente, inclusive sobre investimentos financeiros, e seu objetivo é mostrar como elas podem fazer melhores escolhas.

O livro é baseado em décadas de pesquisas sobre ciência comportamental e usa diversos exemplos para explicar os conceitos apresentados. Ao compreender como os indivíduos pensam, é possível estabelecer uma “arquitetura da escolha”, facilitando o reconhecimento das melhores opções de investimento do mercado por parte dos seus clientes.